segunda-feira, 6 de maio de 2013

Você sabe qual é a origem da expressão “à beça”?


seg, 06/05/13
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VOCÊ SABE…
…o que é um aqueduto? E qual é a origem da expressão “à beça”?
1ª) Aqueduto vem de aquaeductu e significa “condutor de água”.
É formado por duas raízes de origem latina: aque + duto. Daí outras palavras bem conhecidas: aquático (relativo à água), aquário (reservatório de água); oleoduto (condutor de óleo), gasoduto (condutor de gás), viaduto (condutor de via)…
Nas antigas grandes cidades, os aquedutos serviam para o suprimento de água. Caracterizavam-se por sua expressão arquitetônica, marcada por arcadas superpostas. O Ápia, em Roma, é talvez o maior e o mais famoso aqueduto.
No Rio de Janeiro, temos os famosos “Arcos da Lapa”. Ali, tínhamos um aqueduto responsável pelo abastecimento de água. Hoje, como brinca um amigo meu, por conduzir o bondinho seria um verdadeiro “bondeduto”…
2ª) A expressão “à beça” significa “em grande quantidade”. É atribuída aos muitos argumentos usados pelo jurista sergipano Gumercindo Bessa ao enfrentar Rui Barbosa em famosa disputa pela independência do então território do Acre, que seria incorporado ao Estado do Amazonas.
Segundo o professor Deonísio da Silva, no seu De onde vêm as palavras II, o primeiro a usar tal expressão foi Rodrigues Alves, presidente do Brasil de 1902 a 1906. Admirado com a eloquência de um cidadão ao expor suas ideias, teria exclamado: “O senhor tem argumentos à Bessa!” Com o tempo, o sobrenome famoso perdeu a inicial maiúscula e os dois “esses” foram substituídos por um “cê-cedilha”.

DICA DE CONCORDÂNCIA
Com os verbos HAVER e EXISTIR:

1. O verbo HAVER, no sentido de “existir”, “ocorrer” ou “tempo decorrido”, é IMPESSOAL (=sem sujeito); por isso só deve ser usado no SINGULAR:
“Nesta competição não HÁ titulares ou reservas.” (=existem)
“Já HOUVE vários acidentes nesta curva.” (=ocorreram, aconteceram)
“HAVIA meses que não nos víamos.” (=tempo decorrido)
“Mas se não HOUVESSE projetos de lei para a Imprensa.”
“Desfez o mito da época em que não HAVIA condições técnicas.”
No presente do indicativo, ninguém erra. Ninguém diria: “Hão muitas pessoas na reunião”. A dúvida só existe quando o verbo está no pretérito ou no futuro: “No próximo concurso HAVERÁ ou HAVERÃO muitos candidatos?” O certo é “HAVERÁ muitos candidatos”. A regra não muda. É a mesma regra: esteja o verbo no presente, pretérito ou futuro. O erro mais grosseiro é o “famoso” houveram. É o caso da manchete de jornal: “Houveram vários crimes na Baixada”. Com certeza o primeiro crime foi contra a língua portuguesa.
Esta regra se aplica também às locuções verbais:
“DEVE HAVER muitas pessoas na reunião.” (=devem existir)
“PODERIA TER HAVIDO alguns incidentes.” (=poderiam ter ocorrido)
“PODE HAVER várias especulações.”
Nas locuções verbais, o verbo principal é sempre o último; os demais são verbos auxiliares. Se o verbo principal for impessoal (=sujeito inexistente), o verbo auxiliar fica no SINGULAR.
2. O verbo EXISTIR é pessoal (=com sujeito) e deve concordar com o seu sujeito:
“EXISTEM no Brasil dois tipos de caipiras.” (=sujeito plural)
“Na Polícia Federal não EXISTEM fotos dos traficantes.
“Ainda PODEM EXISTIR dúvidas para serem resolvidas.”
Os verbos OCORRER e ACONTECER também são pessoais:
“Nesta rua, já ACONTECERAM muitos acidentes.” (=sujeito plural)
“Neste julgamento, PODEM OCORRER algumas injustiças.”
Observação: O verbo HAVER pode ser usado no plural, desde que não tenha o sentido “existir”, “ocorrer” ou “tempo decorrido”:
“Os professores HOUVERAM por bem adiar as provas.” (=decidiram)
“Os alunos se HOUVERAM bem na defesa de tese.” (=se apresentaram, “se deram”, “se saíram”)

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