Universidades na Idade Média
As universidades foram um dos símbolos do renascimento cultural na Baixa Idade Média
Apesar de ter ficado conhecida durante muito tempo como a Idade das Trevas, foi durante a Idade Média que se desenvolveram as universidades
na Europa Ocidental. Produto do renascimento comercial e urbano na
Baixa Idade Média, as universidades se tornaram, a partir do século XII,
excelentes centros de ensino, transformando a educação monástica e de
estudo de textos religiosos, em formas de pensar inovadoras e
brilhantes.
O nome universidade vem de universitas, denominação dada
inicialmente à coletividade urbana com suas liberdades e aos
trabalhadores de um ofício, e que posteriormente passou a ser referida
aos trabalhadores intelectuais de alguns centros de estudos, que
originaram as universidades. Participavam das universidades, além de
pessoas ligadas ao clero católico e à nobreza, membros dos novos grupos
sociais que surgiam nas cidades, como os comerciantes.
Os cursos nas universidades pretendiam ter uma base universal, e eram compostos pelo trivium (gramática, retórica e lógica) e pelo quadrivium
(aritmética, geometria, astronomia e música). Posteriormente, os alunos
eram encaminhados para as artes liberais, uma preparação para o
exercício de um ofício específico, ou ainda se dedicar à teologia,
medicina ou direito.
Havia isenção de impostos aos frequentadores das universidades e outros
privilégios, como dispensa do serviço militar e julgamentos em
tribunais especiais. No século XII havia cerca de 80 universidades na
Europa, mostrando um verdadeiro renascimento da cultura laica nos
séculos finais da Idade Média. As primeiras universidades surgidas foram
as de Bolonha e Salerno, onde hoje é a Itália, e a de Montpellier em
Paris, na França. Há também muitas que ainda hoje se mantém em
funcionamento como as de Oxford e Cambridge, na Inglaterra, e a de
Coimbra, em Portugal.
Por Tales Pinto
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