domingo, 19 de maio de 2013

Tabagismo deteriora o cérebro, aponta estudo


Hábito prejudica a aprendizagem, a memória e o raciocínio


Um estudo realizado por pesquisadores do King?s College London, no Reino Unido, descobriu que fumar não só afeta artérias e pulmões como ainda deteriora o cérebro. Isso gera dificuldade para aprender, arquivar informações e desenvolver raciocínios lógicos. A descoberta, publicada segunda-feira (26) no periódico Age and Ageing, mostra que os perigos a que os adeptos do tabagismo estão expostos vão muito além do corpo, danificando também a mente.
A pesquisa envolveu 8.800 pessoas com idade superior a 50 anos. Todas relataram informações sobre o estilo de vida que levavam e foram submetidas a testes para avaliar as suas condições mentais. Dois dos exercícios aplicados foram quantas palavras cada voluntário era capaz de aprender e quantos animais diferentes conseguiam citar em determinado tempo. Os testes foram realizados novamente quatro e oito anos depois.
Os resultados mostraram que fumantes apresentaram um declínio mental mais acentuado do que não fumantes no período do estudo. Além disso, pessoas que sofreram declínio cognitivo também apresentavam uma probabilidade maior de ter um ataque cardíaco ou AVC. Isso acontece porque a perda de memória e de outras funções cerebrais está diretamente ligada ao envelhecimento, o que prejudica as atividades e o bem-estar do indivíduo.
Uma em cada três pessoas acima dos 65 anos irá desenvolver demência ao longo da vida. Entretanto, adotar hábitos de vida saudáveis pode reduzir esse risco ou prorrogar tal condição. Por essa razão, especialistas reforçam a necessidade de manter a saúde e o bem-estar em dia.
Como se o declínio mental já não fosse motivo bom o bastante para largar o vício, listamos abaixo outros prejuízos a que o hábito de fumar expõe seus adeptos.
Olfato e paladar
Os agentes químicos presentes no cigarro são altamente irritantes para a mucosa bucal, promovendo alterações nas papilas gustativas que diminuem a percepção do gosto do alimento. A mucosa olfativa também não é poupada, pois o aumento da temperatura provoca lesões que alteram o olfato.
Visão
O risco de desenvolver catarata é duas vezes maior entre tabagistas, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Já a chance de sofrer de degeneração macular, problema relacionado à idade, é três vezes maior.
Doenças gastrointestinais
As alterações do paladar afetam a digestão e a nicotina, por sua vez, diminui o poder de contração do estômago, gerando irritação. O resultado é uma maior propensão a sofrer refluxo, cujo principal sintoma é a azia.
Câncer de boca
Aproximadamente 95% dos casos de câncer de boca estão ligados ao hábito de fumar. Isso porque o cigarro é composto por nada menos do que 60 substâncias cancerígenas. Vale lembrar que laringe, esôfago e pulmão também ficam expostos a esses componentes.

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