sexta-feira, 17 de maio de 2013

30/04/2013 10h47 - Atualizado em 30/04/2013 12h36

Queimadura deve ser aliviada só com água, sem produtos químicos

Veja como socorrer uma pessoa após uma queimadura.
Bem Estar apresenta também os sintomas da hanseníase.


A queimadura está entre as lesões mais comuns ocorridas dentro de casa – principalmente na cozinha. Por isso, todo mundo, principalmente os pais de filhos pequenos, precisa saber como fazer os primeiros socorros quando alguém se queima.
Este foi o tema do Bem Estar nesta terça-feira (30), que teve a participação das dermatologistas Denise Steiner e Márcia Purceli.
Não existe produto ou receita caseira que alivie na hora nem as dores e nem as lesões causadas pela queimadura. Pelo contrário, passar qualquer coisa aumenta o risco de infecção por bactérias, já que a pele fica mais vulnerável.
O ideal é sempre usar água para resfriar a área atingida. O paciente queimado não deve retirar a roupa que estiver usando, ainda que houver sido atingida pelo fogo. O ideal é molhá-la e permanecer assim até a chegada ao pronto-socorro, para evitar que as bolhas estourem e que a pele seja arrancada. Outro cuidado é retirar acessórios, como pulseiras e anéis, pois o corpo incha naturalmente após uma queimadura e esses objetos podem ficar presos.
No quadro abaixo, você vê os diferentes tipos de queimaduras e como cada um deles deve ser tratado.
Queimaduras (Foto: Arte/G1)
Passados os primeiros socorros, também é preciso tomar uma série de cuidados nos dias seguintes. As bolhas formam uma proteção natural ao local e não devem ser estouradas, porque isso aumenta o risco de infecção do local. O uso do algodão também não é indicado, porque ele pode grudar nos ferimentos
Não custa repetir, mais importante ainda é tomar cuidado para não se queimar. Para proteger as crianças, é preciso retirá-las da cozinha toda vez que o fogão estiver ligado. Fósforos, isqueiro e produtos inflamáveis, como o álcool, devem ficar sempre em armários altos e trancados.
Hanseníase
Outro assunto do Bem Estar desta terça foi a hanseníase, uma doença que se manifesta na pele, mas que, se não for tratada, pode atingir outras partes do corpo. A boa notícia é que essa doença tão antiga – também chamada de lepra – já tem cura hoje em dia.
A infecção causada pela bactéria Mycobacterium leprae. Os primeiros sintomas são manchas brancas ou avermelhadas, que ficam ressecada e provocam formigamento e dormência. Em alguns casos, também pode haver diminuição da força muscular.
A doença afeta a pele e os nervos, e as manchas podem estar localizadas em qualquer parte do corpo. Normalmente, os locais mais comuns são as extremidades – braços, mãos, coxas, pernas e pés – e o rosto. Se não houver tratamento, ela pode causar deformidades.
A hanseníase pode ser transmitida pelo contato com uma pessoa sem tratamento, através das vias respiratórias, pela tosse ou pelo espirro. Entretanto, a maioria das pessoas tem resistência natural para combater a doença, portanto não adoecem.  Além disso, o contágio só acontece quando há um convívio muito próximo e prolongado – cerca de dois anos – com um doente que não esteja sendo tratado.
Existem dois tipos básicos de hanseníase. Em um deles, os pacientes que têm resistência à bactéria e a doença é mais localizada – a cura consiste no uso de dois medicamentos durante seis meses. Na outra forma, que é mais disseminada, os doentes que não têm uma resistência e que são aqueles que transmitem a doença – com eles, o tratamento é feito com três drogas, ao longo de um ano.
Doação de pele
No caso de lesões mais graves na pele, como ocorre nas queimaduras de terceiro grau, é possível fazer enxertos de pele. Para isso, também é possível doar pele depois da morte – assim como acontece com outros órgãos, como o coração, o rim, o fígado e a córnea. Basta avisar os parentes do desejo, pois são eles que autorizam – ou não – a doação.
O doador de pele deve ter entre 15 e 60 anos e pesar mais de 50 quilos. É retirada a pele das costas e das pernas, de modo que a doação não comprometa o velório. Quem tem tatuagem, piercing ou maquiagem definitiva pode doar a pele, desde que tenham sido feitos há mais de um ano.

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