sábado, 22 de junho de 2013

Trocar de banco pode custar até R$ 420
Notícia disponibilizada no Portal www.cmconsultoria.com.br às 00:22 hs.
22/06/2013 - De acordo com pesquisa, mudar de instituição pode ser mais custoso que permanecer nela

21 de Junho de 2013

Quem nunca pensou ao menos uma vez na vida em mudar de banco por estar insatisfeito com a instituição que atire a primeira pedra. Mas a ideia pode sair cara para o bolso a ponto de fazer o correntista mudar de ideia e ficar ‘na mesma’.

Uma pesquisa desenvolvida pelo Departamento de Economia da FEA-RP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto) da USP (Universidade de São Paulo) identificou que os clientes que possuem depósitos à vista podem ter custo médio de R$ 471,17 por conta corrente para mudar de banco.

Tal quantia pode justificar o tempo médio de duração do relacionamento do cliente com o banco no Brasil, estimado em 8,4 anos. De acordo com o estudo, nos bancos menores, o tempo é ainda maior. Isso porque quanto menor o banco, maiores são os custos de mudança para os agentes econômicos.

A dissertação é de autoria de Mariana Oliveira e Silva e foi desenvolvida dentro do Programa de Pós-Graduação em Economia (mestrado) sob orientação do professor doutor Cláudio Ribeiro de Lucinda. O banco de dados utilizado teve como referência informações contábeis em bases trimestrais entre 2009 e 2011 de bancos comerciais, bancos múltiplos com carteira comercial e bancos públicos (Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal). Por possuírem natureza de negócio diversa, não fizeram parte da análise os bancos de investimentos, de desenvolvimento, as cooperativas de crédito e os consolidados não bancários.

O objetivo do trabalho, segundo a autora Mariana Oliveira e Silva, foi analisar a magnitude dos custos de mudança (switching costs) no mercado de prestação de serviços do setor bancário brasileiro. “Tais custos são a principal causa de retenção (lock-in) dos clientes, podendo conferir certo grau de poder de mercado às empresas, com implicações importantes para a competitividade do mercado”, explica Mariana.

As estimativas apontam ainda que 81% da carteirade um banco se deve ao relacionamento entre a instituição e o cliente no trimestre anterior (efeito lock-in) e 73,4% do valor adicionado pelo correntista é atribuído aos custos de mudança, mais uma evidência de que tais custos são realmente relevantes para o mercado bancário brasileiro.
Fonte: Executivos Financeiros - São Paulo/SP

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