Dicas para escolher sua escova de dentes
Para que os consumidores façam escolhas melhores, não devem se
restringir ao preço, mas a outros critérios importantes de acordo com
seu uso
Em cooperação técnica com o Inmetro em
diversos testes, o Idec elaborou algumas orientações e informações
úteis aos consumidores na hora de escolher a escova de dentes ideal. O
teste feito aos produtos foi veiculado na imprensa recentemente (veja aqui).
Para que os consumidores façam escolhas melhores, não devem se
restringir ao preço, mas a outros critérios importantes de acordo com
seu uso. Confira as dicas do Idec:
Faixa etária e necessidades específicas: É preciso
observar a escova ideal para cada idade, de acordo com a recomendação na
embalagem. Pessoas que utilizam aparelhos ortodônticos, que possuem
implantes dentais ou próteses odontológicas podem necessitar de escovas
especiais. Assim como, em casos de pós-cirurgia oral e utilização de
próteses removíveis, o uso de escovas adequadas pode ser necessário;
Prefira as cerdas macias: Salvo recomendações
expressas de um dentista, deve-se usar escovas dentais com cerdas macias
ou extramacias para evitar o desgaste do esmalte dental ou traumatismos
nas gengivas, que podem gerar quadros de hipersensibilidade e dor;
Escovas elétricas: Estas têm sido indicadas a
pacientes que tenham algum tipo de dificuldade motora para realizar a
escovação e, especialmente, a pessoas idosas que tenham alto risco às
cáries radiculares* e também à doença periodontal**. O uso da escova
elétrica, nesses casos, serve de estímulo para que o paciente mantenha
sua saúde bucal mesmo tendo dificuldades motoras.
Para o Idec, algumas informações ainda não são muito claras ao
consumidor e, portanto, seria necessário que os órgãos responsáveis
reavaliassem a obrigatoriedade de informações nos rótulos das escovas
dentais.
Quanto à flexibilidade das cerdas, o mercado ainda informa a existência
de escovas dentais com cerdas duras, médias, macias, extramacias,
ultramacias e supermacias. Contudo, as informações disponíveis ao
consumidor não são claras, podendo leva-lo a erro quanto à escolha da
melhor escova para sua necessidade. Além disso, quantidade das cerdas e
suas características (pontas arredondadas ou retas) também têm grande
importância para a eficiência da higiene bucal. Todavia, tais
informações, com raras exceções, não estão disponíveis ao consumidor.
No Brasil, a legislação específica para a regulamentação de escovas
dentais está representada pela Portaria SVS/MS (Secretaria de Vigilância
Sanitária do Ministério da Saúde) nº 97, de 26 de junho de 1996 que
dispõe sobre as Normas e Requisitos Técnicos, a que ficam sujeitas as
escovas dentais, com ou sem pigmentos ou corantes nas cerdas e pela RDC
(Resolução da Diretoria Colegiada) nº 10, de 21 de outubro de 1999 que
dispensa estes produtos de registro junto ao Ministério da Saúde, mas
condiciona sua comercialização à comunicação prévia à Anvisa. A ABNT
(Associação Brasileira de Normas Técnicas) não possui normas referentes
às escovas dentais.
Para sua saúde bucal
• Escovas dentais devem ser indicadas sempre por um dentista. Este
deverá também orientar quanto à melhor forma de higienização das mesmas;
• As escovas devem ser substituídas, no mínimo, a cada 3 meses;
• Recomenda-se 3 escovações diárias. Todavia, a mais importante e que
merece maior atenção é a da noite, antes de dormir, com a utilização de
fio dental e posterior escovação mais cuidadosa. Recomenda-se que o
processo dure em torno de 10 minutos.
*São cáries que se formam na raiz do dente devido à retração da gengiva, natural em indivíduos idosos.
**Doença infecto-inflamatória que acomete os tecidos de suporte
(gengiva) e sustentação (cemento, ligamento periodontal e osso) dos
dentes.
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