domingo, 23 de junho de 2013


Edição do dia 23/06/2013
23/06/2013 08h30 - Atualizado em 23/06/2013 08h30

Alta no setor da borracha faz dobrar a área de plantio de seringueiras em SP

Produção ainda é pequena se comparada com a demanda no país.
Brasil produz somente 40% de toda borracha que consome.


As seringueiras dominam a paisagem no noroeste de São Paulo. Nos últimos dez anos, a área plantada mais que dobrou de tamanho, mas a produção ainda é pequena se comparada com a demanda. O Brasil produz somente 40% de toda borracha que consome e a perspectiva de aumento no consumo, é grande.
Além da procura crescente, o preço tem agradado. Há cinco anos, o produtor recebia R$ 1,98 pelo quilo do látex coagulado, contra R$ 2,64 de hoje. Foi pensando nesse mercado promissor que Leandro Falco trocou o café pela produção de borracha. Na propriedade dele em Guapiaçu, o agricultor tem 4.200 pés. A meta é chegar a dez mil. Ele explica que a seringueira dá lucro para o produtor durante muitos anos.
Tudo começa no viveiro, onde as mudas são produzidas a partir das sementes que caem apenas uma vez por ano, entre fevereiro e março. Da semeadura até a formação de muda são necessários pelo menos 12 meses.
José Augusto e a mulher Cleide trocaram o emprego na cidade para trabalhar na extração de látex. Em nove anos a vida mudou. Eles cuidam de uma área de 7.500 seringueiras em Monte Aprazível e trabalham em regime de parceria rural. Ficam com 30% do que colhem. A coleta do coágulo é feita a cada 15 dias.
O látex colhido na propriedade do casal vai para uma  indústria que fica em Jaci. Quando chega, ele é estocado, depois lavado e triturado. Ali são produzidas 80 mil toneladas por ano do granulado escuro brasileiro, usado na fabricação de pneus. Hoje o quilo é vendido por R$ 6,56. O dono da indústria, Percival Costa, está satisfeito. Ele decidiu investir no setor quando percebeu a grande demanda que havia pelo produto no país.

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