sábado, 16 de março de 2013

Publicações
Os riscos da hipertensão nas mulheres 
Notícia disponibilizada no Portal www.cmconsultoria.com.br às 09:07 hs.
16/03/2013 - Um estudo da Unicamp apontou que os distúrbios hipertensivos estão entre as principais causas de mortalidade e morbidade entre as mulheres durante a gravidez, o parto e o puerpério (fase pós-parto). A pesquisa analisou dados da Rede Brasileira de Vigilância da Morbidade Materna Grave, colhidos em 27 maternidades de referência em todas as regiões do país. Foram estudados 9.555 casos. Os distúrbios hipertensivos representaram cerca de 70% da morbidade materna grave e 30% da mortalidade.

O termo morbidade materna grave é utilizado para conceituar as complicações ocorridas durante a fase da gravidez e do pós-parto. O estudo também utilizou outro conceito similar. Trata-se do near miss (quase perda, em português), que compreende situações em que mulheres passaram por sérias complicações e sobreviveram, por sorte ou por um bom cuidado obstétrico. São casos úteis para obter informações da própria paciente, que pode fornecer dados importantes acerca do seu atendimento.

O trabalho foi conduzido pela ginecologista Elvira Amélia de Oliveira Zanette como parte de sua pesquisa de mestrado, que foi defendida junto ao programa de pós-graduação em Tocoginecologia da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, em Campinas (SP).

"Os distúrbios hipertensivos complicam cerca de 8% de todas as gestações no mundo, sendo responsáveis diretamente por 15% das mortes maternas. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estimou, em setembro de 2011, a ocorrência de 273 mil mortes maternas em todo o mundo, e referendou o estudo do near miss como padrão para o monitoramento do cuidado à saúde materna" dimensiona a ginecologista e pesquisadora.

A médica pondera que houve redução de 51% nas mortes maternas no Brasil entre 1990 e 2010. Apesar disso, o número ainda é preocupante, já que atinge 56 mulheres por 100 mil nascidos vivos, conforme relatório da OMS, Nações Unidas e Banco Mundial.

"A mortalidade materna é uma das mais graves violações aos direitos humanos das mulheres por ser evitável na maioria das vezes" enfatiza.
Fonte: Diário Catarinense - Florianópolis/SC

Nenhum comentário:

Postar um comentário