DOENÇA DE PARKINSON
O que é?
Doença de Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso
central, lentamente progressiva, idiopática (sem causa conhecida),
raramente acontecendo antes dos 50 anos, comprometendo ambos os sexos
igualmente, se caracterizando por:
Rigidez muscular | |
Tremor de repouso | |
Hipocinesia (diminuição da mobilidade) | |
Instabilidade postural. |
Como se desenvolve?
A anomalia principal consiste numa perda de
neurônios de uma área específica do cérebro que produzirá a diminuição
de uma substância chamada dopamina, alterando os movimentos chamados
extrapiramidais (não voluntários).
O que se sente?
Esta doença é insidiosa, podendo começar às
vezes com um tremor, outras vezes com falta de mímica facial, diminuição
do piscar, olhar fixo, movimentos lentos (bradicinesia).
A voz poderá ser monótona, escorrendo com
facilidade saliva pelos cantos da boca. A pele, principalmente a facial,
é lustrosa, "graxenta" e seborréica.
A marcha fica cada vez mais difícil, com passos
pequenos, arrastando os pés, com os braços encolhidos, tronco inclinado
e, em casos avançados a pessoa aumenta a velocidade da marcha para não
cair (festinação). Outras vezes, pode ficar parado (congelado) com
enorme dificuldade para se colocar em movimento.
Os tremores, que são involuntários, em uma ou
em várias partes do corpo, se caracterizam pelos três "R" - Regular,
Rítmico e de Repouso. Também se caracterizam por diminuir com os
movimentos voluntários, se manifestando sobretudo nas mãos.
Como existe uma hipocinesia, que se caracteriza
por um déficit dos movimentos automáticos, o paciente fica como que
parado, estático, com os movimentos voluntários lentos, diminuindo a
capacidade inclusive de escrever, ficando a letra pequena (micrografia) e
a linguagem monótona e às vezes ininteligível.
Como se faz o diagnóstico?
O diagnóstico na fase inicial, muitas vezes não
é fácil, sendo que, como de costume, o mesmo deverá ser realizado por
um médico, preferencialmente neurologista, que dirá se a causa é
idiopática (causa desconhecida), ou se é devido a outras causas. Os
sintomas acima referidos podem ser devidos a medicamentos variados
(fenotiazinas, haloperidol, reserpina, lítio, cinarizinas, flunarizina),
porém, nesse caso, não costumam ser tão intensos.
Intoxicação por monóxido de carbono ou
manganês, infartos cerebrais dos gânglios de base, hidrocefalia,
traumatismos cranioencefálicos, encefalites, podem ser a causa desta
doença, que tem tratamento e controle, porém não cura.
Como se trata?
O diagnóstico à medida que o tempo passa se
torna mais nítido, evidente e fácil (a exemplo e imagem do Papa João
Paulo II). Assim não é o tratamento, que costuma inicialmente dar
resultados excelentes se os enfoques e cuidados terapêuticos necessários
forem tomados.
Cada indivíduo responde diferentemente ao
tratamento e o que favorece um paciente pode desfavorecer outro. É
necessário corrigir a diminuição progressiva da dopamina com calma.
O tratamento consiste no uso de medicamentos,
fisioterapia, psicoterapia e, em alguns casos selecionados, cirurgia. É
importante tomar cuidado com certos tipos de medicamentos que
desencadeiam ou pioram a síndrome Parkinsoniana.
Tratamento Medicamentoso
Geralmente são usados medicamentos da classe
dos anticolinérgicos, como o triexifenedil e biperideno, que são
eficientes e bem tolerados. A selegilina tem sido considerada uma das
principais drogas do cérebro desde 1990. Também são utilizadas a
levodopa, a carbidopa e a benzerazida.
Bromocriptina, lissurida e pergolida são novos
medicamentos que quando indicados devem ser dados progressiva e
lentamente, até atingir as doses suficientes.
Como a doença é progressiva, novas
manifestações de difícil controle aparecerão, como o "liga - desliga"
nas atividades do paciente ("on e off") as quais estão atualmente sendo
controladas acrescentando-se ao tratamento tolcapom e pramipexole.
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Tratamento Psicoterápico
Pacientes com Parkinson podem ter problemas
mentais, como depressão, graus diversos de demência, próprios da doença e
piorando pelos medicamentos anteriormente indicados (levodopa,
anticolinérgicos, selegilina, amantadina). Consegue-se controlar este
sério problema principalmente com a Clozapina, que trata os quadros
psicóticos, não piorando a sintomatologia parkinsoniana, pelo contrário,
podendo melhorar também o tremor. Essa droga precisa de uma supervisão
médica severa.
Os antidepressivos fazem parte do arsenal terapêutico com os seus devidos controles.
O psicoterapeuta e a família dando ocupações, carinho e estímulos são elementos importantíssimos na boa evolução do paciente.
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Tratamento Cirúrgico
Há décadas vem sendo utilizado o tratamento
cirúrgico para o controle da sintomatologia parkinsoniana, ora atuando
sobre os tremores, ora sobre a rigidez, com técnicas e resultados
variáveis e discutíveis.
Com os novos aperfeiçoamentos tecnológicos, o tratamento cirúrgico em casos sumamente selecionados poderá ser indicado.
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