sábado, 6 de abril de 2013


Valor é uma palavra que utilizamos com frequência para associar ou precificar algo em nossa vida, principalmente, bens materiais. Mas, para iniciar esta discussão eu destaco o conceito de valor:
“Pode-se dizer que valor corresponde a tudo aquilo que preenche (positivamente, pois do contrário tem-se um contra valor ou desvalor) uma determinada carência, vacuidade ou privação de um determinado Ser em geral, e do Ser do Homem de forma muito particular ou especial. Isso porque o Ser Homem é o único Ser que tem a capacidade de valorar, em função de possuir, potencialmente, uma consciência intencional, ou um estado de consciência mais aprimorado, que lhe permite viver no mundo da cultura e no mundo dos valores, e não no mundo da natureza como os demais Seres.” (BERESFORD, 2002 p.77).
Como visto, o valor pode ser aplicado em todos os ambitos de nossa vida, desta forma, a nossa saúde tem um valor (pessoal e individual) e o preço, que é a atribuição material ou financeira para um determinado produto. Logo, eu destaco qual é o preço da doença e da prevenção da saúde.
  • Hipertenso – Para o sistema de saúde um paciente hipertenso gasta em torno de R$ 30.000 anualmente. - Medicamentos – R$ 12.700,00/ano.
  • Obeso – Sistema de saúde – R$ 60.000/ano - Medicamentos e outros cuidados – R$ 24.000/ano.
  • Cardiopata – Sistema de saúde – R$ 120. 000/ano - Medicamentos – R$ 30.000/ano.
  • Diabético – Sistema de saúde – R$ 200.000/ano - Medicamentos – R$ 27.000/ano.
  • Doenças Hipocinéticas – Sistema de saúde – R$ 450.000/ano - Medicamentos e internações – R$ 56.800/ano.
            De acordo com os dados do IBGE e SUS, podemos observar que é muito mais caro estar doente, ao contrário, de investir em saúde e qualidade de vida. Considerando que para as doenças supracitadas, a medicação não garante qualidade de vida, e sim, controle imunológico e estabilização das doenças na maioria dos casos.

Segue alguns gráficos bem interessantes da Organização Mundial de Saúde:




            Eu concordo que é muito difícil investir em saúde, pois diariamente a “indústria da doença” nos incentiva a consumir fast foods, comidas hipercalóricas, refrigerantes, bem como, a indústria farmacêutica, que lucra valores absurdos com a venda de medicamentos. E não é opinião minha, a cada dia,  a produção cientifica na área de medicina esportiva e saúde preventiva, comprova que exercícios orientados previnem e melhoram a qualidade vida de diversas pessoas acometidas por diabetes, câncer, obesidade, hipertensão, entre outras, doenças neurológicas.
            Infelizmente, a nossa cultura é baseado na remediação e não em prevenção, mas creio que isso está mudando e pergunto como precificar o trabalho de um profissional que através de conhecimento cientifico e trabalho individualizado possibilita que uma idosa que só andava com muletas e passou a andar normalmente sem limitações?
 
Por que gastar com doença, se podemos investir em prevenção?

Gabriel Paz - CREF. 30.307 - G/RJ.
Laboratório de Treinamento de Força - Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ.
Laboratório de Pesquisa em Biodinâmica do exercício, saúde e performance - Universidade Castelo Branco.
http://prof.gabrielpaz.blogspot.com/

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