Qual é o valor da saúde?
Valor
é uma palavra que utilizamos com frequência para associar ou precificar
algo em nossa vida, principalmente, bens materiais. Mas, para iniciar
esta discussão eu destaco o conceito de valor:
“Pode-se
dizer que valor corresponde a tudo aquilo que preenche (positivamente,
pois do contrário tem-se um contra valor ou desvalor) uma determinada
carência, vacuidade ou privação de um determinado Ser em geral, e do Ser
do Homem de forma muito particular ou especial. Isso porque o Ser Homem
é o único Ser que tem a capacidade de valorar, em função de possuir,
potencialmente, uma consciência intencional, ou um estado de consciência
mais aprimorado, que lhe permite viver no mundo da cultura e no mundo
dos valores, e não no mundo da natureza como os demais Seres.”
(BERESFORD, 2002 p.77).
Como visto, o valor pode ser aplicado em todos os ambitos de nossa vida, desta forma, a nossa saúde tem um valor (pessoal e individual)
e o preço, que é a atribuição material ou financeira para um
determinado produto. Logo, eu destaco qual é o preço da doença e da
prevenção da saúde.
- Hipertenso – Para o sistema de saúde um paciente hipertenso gasta em torno de R$ 30.000 anualmente. - Medicamentos – R$ 12.700,00/ano.
- Obeso – Sistema de saúde – R$ 60.000/ano - Medicamentos e outros cuidados – R$ 24.000/ano.
- Cardiopata – Sistema de saúde – R$ 120. 000/ano - Medicamentos – R$ 30.000/ano.
- Diabético – Sistema de saúde – R$ 200.000/ano - Medicamentos – R$ 27.000/ano.
- Doenças Hipocinéticas – Sistema de saúde – R$ 450.000/ano - Medicamentos e internações – R$ 56.800/ano.
De
acordo com os dados do IBGE e SUS, podemos observar que é muito mais
caro estar doente, ao contrário, de investir em saúde e qualidade de
vida. Considerando que para as doenças supracitadas, a medicação não
garante qualidade de vida, e sim, controle imunológico e estabilização
das doenças na maioria dos casos.
Segue alguns gráficos bem interessantes da Organização Mundial de Saúde:
Eu concordo que é muito difícil investir em saúde, pois diariamente a “indústria da doença” nos incentiva a consumir fast foods, comidas hipercalóricas, refrigerantes, bem como, a indústria farmacêutica, que lucra valores absurdos com a venda de medicamentos. E não é opinião minha, a cada dia, a
produção cientifica na área de medicina esportiva e saúde preventiva,
comprova que exercícios orientados previnem e melhoram a qualidade vida
de diversas pessoas acometidas por diabetes, câncer, obesidade,
hipertensão, entre outras, doenças neurológicas.
Infelizmente, a nossa cultura é baseado na remediação e não em prevenção, mas creio que isso está mudando e pergunto como precificar o trabalho de um profissional
que através de conhecimento cientifico e trabalho individualizado
possibilita que uma idosa que só andava com muletas e passou a andar
normalmente sem limitações?
Por que gastar com doença, se podemos investir em prevenção?
Laboratório de Treinamento de Força - Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ.
Laboratório de Pesquisa em Biodinâmica do exercício, saúde e performance - Universidade Castelo Branco.
http://prof.gabrielpaz.blogspot.com/
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