COMO CONVERSAR DE SEXO COM SEUS FILHOS
Falar sobre sexo com os filhos é tão importante
quanto constrangedor para muitos pais. Vergonha e a própria educação
recebida os bloqueiam para uma atitude mais natural diante desse tipo de
questionamento fazendo desse um assunto difícil de transmitir em
palavras.
Fato é que o interesse pelo tema tem aparecido cada vez mais cedo.
Então, se você ainda não falou sobre sexo com eles, saiba que a
sociedade já e, muitas vezes, de uma forma que eles não conseguiram
entender. Assim, com o aumento do estímulo sexual não dá para colocar o
sexo distante da vida dos pequenos, até mesmo porque não é um tema
proibido ou um mito a ser evitado por ninguém. Sexo existe, ainda que se
ignore o assunto.
Mas, muitos pais se questionam sobre quando
seria o momento ideal para se ter uma conversa desse tipo. Quando a
criança começar a se interessar pelo corpo, ou pelo assunto, já pode e
deve ser abordado, respeitando sempre sua curiosidade e desenvolvimento
emocional. Então, nada de dizer que esse não é um assunto do seu
interesse, mas tenha em mente a idade da criança. Fale de maneira
simples, direta e, ao mesmo tempo, descontraída, sem ir além daquilo que
foi perguntado. O ideal é trazer o assunto aos poucos, à medida que a
curiosidade for aumentando, ou seja, não resumido a uma só conversa,
pois permitir que o tema volte é bem mais eficiente e educativo.
Caso não haja perguntas, os pais podem tomar a
frente. Divida com seu filho as dúvidas e os sentimentos que tinha na
idade dele e explique que o ato sexual pode ser prazeroso e, ao mesmo
tempo, trazer alguns transtornos caso não haja precauções. Não deixe de
fora questões como doenças sexualmente transmissíveis, virgindade, o uso
correto de método contraceptivos, a necessidade do preservativo, a
influência dos amigos, o afeto que envolve o ato e, até mesmo, o abuso
sexual, explicando sobre os limites e dizendo que ninguém tem o direito
de tocar o seu corpo e nem de obrigá-lo a fazer algo que não queira.
Informe sobre os órgãos genitais e como eles funcionam, sobre as
diferenças entre os gêneros masculino e feminino, dando exemplos do
dia-a- dia.
Responda ao que foi perguntado: Vale
perguntar o que já se sabe sobre o assunto ou como começou essa dúvida;
pois isso, ajuda no caminho que seguirá na hora da explicação, mas nada
de ficar dando voltas sem responder. Tenha certeza de que seu filho teve
a consideração que merecia. Respostas insuficientes não acabarão com a
curiosidade e o assunto poderá ser abordado por pessoas não confiáveis.
Então, responda sempre, ainda que a pergunta já tenho sido feita outras
vezes, pois se ela se repete é sinal de que a criança continua confusa
sobre o assunto.
Escolha o momento apropriado: Uma pergunta feita em um ambiente
inadequado não precisa ser respondida na mesma hora, mas deve-se deixar a
garantia de que será respondida depois, em um momento oportuno.
Explique que não é a hora para essa conversa e você estará preservando a
relação e o seu filho.
E se eu não souber? Não precisa se
preocupar afinal ninguém tem que saber de tudo. Vocês podem procurar
juntos pela resposta, mas não deixe a criança sem uma. Nunca minta ou
invente explicações. Responda com o mesmo cuidado que você gostaria de
receber caso a dúvida fosse sua. Não precisa procurar por uma resposta
perfeita, pois tudo vai depender da idade do seu filho e da intimidade
que a família tem com o assunto.
Respeite a pergunta: Esse não é um
assunto sem importância, assim como não é algo sujo. Cuidado com os
preconceitos e não se envergonhe de uma tendência natural. Não trate o
sexo como algo feio ou imoral, mas com a naturalidade que merece.
Independente da idade, seus filhos podem fazer pergunta sobre sexo a
qualquer momento. Isso não quer dizer que tenham interesse em fazer
sexo. Não precisa se preocupar e acreditar que ao esclarecer as dúvidas,
você estará estimulando precocemente a sexualidade deles.
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